Tem exatas 24 horas e eu ainda procuro as palavras pra poder
descrever o meu sentimento.
Foi algo grande pra mim e eu ainda não sei a real dimensão.
A pele arrepiando, as mãos tremendos, o grito e as lagrimas
nos olhos desde o primeiro tempo de 8, eu senti isso forte todos os dias e no
ultimo dia já não cabia mais em mim então explodi em emoção para todos os
lados, em todos os abraços, em todos os sorrisos e nas formas de carinho.
Eu não danço mais, não da forma como já dancei, meu corpo
não da conta e só eu sei o quanto é foda, mas tem hora que é como se eu estivesse
lá no palco junto, não apenas com os que estão dançando agora, mas também com
todos que pelo Rota Brasil já passaram e assim a doce e maravilhosa lembrança
de um dia ter podido ser feliz ali no palco, dividindo o que eu tinha de melhor
com cada uma daquelas pessoas, essa lembrança supera a dor da saudade.
Não tem dinheiro no mundo que pague um abraço sincero de uma
amigo depois de uma apresentação, não tem palavras no mundo para descrever a
conversa e a cumplicidade dos olhares, sair com um sorriso feliz e a sensação impagável
de dever cumprido.
Eu voltei pra casa, na verdade acho que meu corpo voltou pra
casa, pois verdadeiramente acho que parte da minha alma, que é a dona de mim,
ficou lá em valinhos ainda revivendo o momento, ainda sentindo, ainda chorando
de felicidade, ainda gravando a apresentação, tremendo, gritando e chorando
mais um pouco. Naquele teatro lotado enfrentando o que viesse pela frente.
Pra mim na dança assim como na vida, todas as pessoas que
dão o melhor de si, são vencedoras, uma nota de 0 a 10 jamais será capaz de
resumir toda uma historia, na noite o Rota Brasil recebeu a maior nota, mas bem
antes do anuncio o grupo todo já havia se saído vencedor, pois quando o Rota
dança ele é forte pelo seu passado e o seu presente e cada bailarino envolvido
sabe das renuncias que fez na vida pelo amor e a vontade dançar e por isso cada
um que já esteve, está e estará sempre será um vencedor ao subir nos palcos, o
suor e o sangue de cada um que já passou são os pilares, o suor e o sangue de
cada um que estão é o que levam o grupo pra frente e o suor e o sangue daqueles
que vão passar, tornarão sempre o Rota mais próximo da eternidade.
Se me perguntarem, valinhos esse ano foi como sempre foi ,
diferente e com uma historia nova pra contar, sempre volto um pouco melhor e
agradecido.
As vezes eu escrevo coisa que nunca sairão do papel e outras
as pessoas ao me redor me ajudam a realizar, o Rota toda vez que sobe no palco
me prova que realmente nos podemos ser IMORTAIS POR 5MINUTOS.
Enquanto a mim?! bom, continuarei olhando, gravando e
escrevendo, talvez esse seja o meu maior legado, essa é a minha verdadeira
dança, meu palco e o meu lugar, mas eu sempre sempre sempre vou desejar mais
5minutos ali com o grupo, mais uma coreografia e mais uma chance de sentir e
dividir tudo o que de melhor eu sentia.
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